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sábado, 27 de abril de 2019

Desabafo de um familiar


Já faz algum tempo que recebi esta mensagem. Trata-se de um desabafo de um familiar.


Mesmo na sobriedade, falta alguma honestidade no adicto.
Isso me faz pensar se não há algum "defeito" interno nele.
Quero dizer, ele está pensando em comemorar aniversário de sobriedade. No entanto, teve uma recaída e não foi limpo por um ano, apenas cerca de 4 meses.

Eu sei que é uma coisa pequena, mas é típico da desonestidade.
Ele não parece ser capaz de admitir sua impotência em relação aos medicamentos.
E continua a culpar os outros por suas recaídas.

Eu sei que é a sua recuperação, não a minha, e que ele terá que descobrir a necessidade de integridade por conta própria.
Eu sou grato por ele estar limpo e em casa. Mas nem sempre é fácil manter o foco em mim quando estou diante de tais afirmações enganosas terríveis.
Algo que eu tenho que aprender, eu acho.
Eu me pergunto se a mentira é tão arraigada que eles não sabem como ser honestos, mesmo em recuperação.
Como será que os outros lidam com a desonestidade inerente e incapacidade de confiar?

quarta-feira, 1 de março de 2017

Quem precisa de Ajuda?


link do video: Quem precisa de Ajuda


Todos nós precisamos de ajuda em algum momento de nossas vidas... 

A ajuda mais clássica é de quando nascemos, em que precisamos de cuidados básicos,que vão se modificando conforme vamos crescendo, e por mais independente que nos tornemos, continuamos a depender, de alguma forma, uns dos outros.

Neste vídeo, me refiro exclusivamente, a ajuda oferecida pelos grupos anônimos de 12 passos.

  • E quem precisa de ajuda?
  • Quem pode Ajudar?

Faço uma breve explanação de cada grupo, iniciando por Alcoolicos Anonimos (AA), e seguindo com: Narcoticos Anonimos (NA), Al-anon e Nar-anon, Alateen e Narateen, Neuróticos Anonimos (N/A), CoDependentes Anonimos (CODA), Mulheres que amam demais (MADA), Dependentes de amor e sexo (DASA).

Na descrição do vídeo ( no canal do yotube) deixo na caixa de descrição, o link de cada grupo.

E como eu digo ao final do vídeo, se ocorreu uma identificação com algum grupo, procure ajuda!

Paz e serenidade, só por hoje!

domingo, 6 de abril de 2014

Lembrete de cabeceira

Ir às reuniões está sendo, entre outros significados, um lembrete de cabeceira para mim.
Lá eu lembro que não existe dor que não possa ser superada.
E mesmo pensando que estou indo por ir, sempre volto com “algo” esclarecedor, que complementa e que alivia.

Antes eu só percebia como uma recarga de bateria emocional e espiritual.
Hoje, tem sido mais que isso. É uma espécie de sininho dentro de mim, lembrando-me de tudo que já sei, mas que esqueço ou deixo adormecer no dia a dia.

Em cada palavra, em cada experiência, em cada comentário da literatura...
Em cada detalhe e em todos eles, sempre há algo que serve pra mim.

Trazer o foco pra mim mesmo
Cuidar de fazer primeiro as primeiras coisas
Pensar e agir, em vez de reagir

Estes são só alguns exemplos que me despertaram hoje.
Mas o fundamental é não esquecer que não estou sozinha
E, principalmente, buscar e manter a serenidade.

Porque essa sensação não tem preço.
Só quem já experimentou algum momento de serenidade sabe a maravilha que é.
E a importância de manter o foco.


Só por hoje!

domingo, 2 de março de 2014

Nada é por acaso


Sempre acreditei que as coisas acontecem por alguma razão.
Apesar de desconhecer os motivos de muitas coisas das quais já vivi e ainda vivo, tenho recebido confirmações em algumas passagens da minha vida, de que nada é por acaso...

Um exemplo pertinente aqui é a minha narrativa sobre tornar-me nar-anon.

Antes desse acontecimento, eu tinha pensamentos do tipo: “por que isso está acontecendo comigo?”

Mas hoje percebo diferente. Passar por tudo o que passei fez-se necessário como um caminho para eu conhecer a programação dos doze passos.

Provavelmente, eu passaria anos, ou a minha vida toda sem esse conhecimento, se eu não tivesse a oportunidade de ter "o" motivo para chegar e conhecer esta programação.

Por isso, sigo acreditando que não depende apenas de minha vontade, pois minha vontade nunca foi ter tido um motivo para conhecer a programação.
E de toda forma, só por hoje, eu agradeço imensamente ter vivenciado tudo o que vivi e que possibilitou eu tornar-me uma pessoa em busca de ser cada vez melhor!

Com a programação passei a ter um contato com Deus, como nunca tinha tido antes. É como aprender a ter uma relação direta e intima diferente de tudo que já tinha vivido antes.

Aprendi a ter tolerância e paciência.

Aprendi a pedir perdão e, principalmente a me perdoar e, mais importante, aprendi a entender o significado dessas duas ações.

Descobri que devo aceitar o outro como ele é, mas que também posso fazer minhas escolhas, sem medo e sem culpa.

Passei a ter uma consciência de mim mesma mais apurada e isso me ajuda a lidar com sentimentos negativos (raiva e ressentimentos) que só nos fazem mal.

Só por hoje eu sei que o que vivi ontem ficou no passado, e que este passado tem um valor muito precioso...
Pois por causa dele, transformei-me no que sou hoje.
E isso, não foi por acaso!

domingo, 11 de agosto de 2013

Só por hoje

Voltando de uma reunião.
Atípica (por ser de serviço) e ainda cheguei atrasada.
Mesmo assim... Que paz!
É por isso que continuo voltando.
Estar e participar dessas reuniões, para mim, posso equiparar a um SPA espiritual.
Volto renovada, ‘reespiritualizada’, em paz comigo e com a vida!
Sempre tem um motivo, um sentimento ou algo que me mobiliza.
Encontrar os novos, ouvi-los e participar do seu ingresso é indescritível.
Sou grata por ter conhecido e por participar deste grupo.
O aprendizado, as novas sensações e a nova forma de ver a mim mesma e tudo a minha volta renovou-se, transformou-se.
Sinto-me uma pessoa nova a cada dia.

Pausa

Comecei a escrever esta postagem às 22hs do dia 10.
Parei por um motivo muito especial
E só agora, estou retomando... Quase 3hs da manha.

Ia desistir dela... mas decidi compartilhar, afinal me propus a escrever minha experiência e meus sentimentos...

Bom...
Só posso finalizar com a seguinte certeza.
Meu dia começou bem, dormi bem e acordei bem.
Passei uma tarde maravilhosa com a visita dos meus pais.
Fiz academia a tarde.
À noite fui nesta reunião (inicio de minha postagem)
E por fim, parei por este motivo especial.

E só posso dizer... que quando estamos bem, tudo fica bem.
E se estamos bem, somente coisas boas nos acontecem...

E por isso, só tenho a agradecer...
E só posso desejar continuar bem... só por hoje e um dia de cada vez!

Com muita alegria que tenho em meu coração hoje, desejo um lindo domingo e um maravilhoso dia dos pais!!


sábado, 22 de junho de 2013

Refletindo sobre os Doze Passos

Nar-anon ou um grupo de doze passos faz-nos concentrarmos mais em nós mesmos...

Os passos começam a nos influenciar quando temos certeza de que estamos seguros e bem e quando percebemos que não podemos consertar o outro. Passamos a ter certeza que tentar fazer isso só vai nos levar à frustração e conflito.

As soluções vêm quando percebemos claramente sobre o que somos e não somos responsáveis.  
E quando percebemos que o universo (Deus) tem as respostas.

A resposta é simples: não se perder a si mesmo e não deixar que as fortes oscilações (nossas ou do meio) possam nos afetar.
E enquanto estivermos dispostos a ser honestos, conseguimos ficar bem.

As etapas e os doze passos continuam sendo uma forma de ficar melhor.
O que eu tive que aprender foi a diferença entre a minha parte e a parte do outro na coisa toda.
Enquanto eu não percebia isso, ficava atormentada.

E começar por admitir que somos impotentes perante o outro é o primeiro passo.
Em seguida, reconhecer que tentar controlar ou modificar o outro coloca nossa vida fora do equilíbrio é a essência do Passo Dois, assim como, reconhecer que precisamos de um Poder Superior para ajudar-nos a encontrar o equilíbrio novamente.
No Passo Três começamos a nos concentrar no que é bom em nossa vida, para perceber que há boas coisas sobre as quais podemos reconstruir nossa vida.

E o que fica é a gratidão por essas coisas, apesar de não negarmos a dor. E podemos oferecer tudo, bom e mau, para um Poder Superior em quem podemos confiar.  

São apenas alguns pensamentos do dia.

E seja lá o que eu fizer, sei que não estarei sozinha.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Processando a caminhada

 Antes de dar o primeiro passo, eu me sentia só e confusa, e pensei em buscar ajuda.


Foi quando conheci o nar-anon. 
Nessa época, eu acreditava que já tinha uma longa historia de vida e passado por todas as descobertas que eu poderia ter. 


Com o tempo, percebi que ainda tinha muitas descobertas por vir, e que de fato, elas são intermináveis.

Ouvia falar em desapego, e racionalmente entendia muito bem.
Mas precisei passar por algumas tempestades e sair inteira delas, para começar a entender de fato, o seu significado.

E esse significado pode ser explicado de diversas formas, mas o que importa mesmo é a interiorização pessoal, é o entendimento com a alma.

Nesse processo, segui procurando a mim mesma e um novo caminho, passei por muitas dúvidas, incertezas e inseguranças... o Será era constante! E não digo que ainda não seja...

Quando me deparei com minhas imperfeições, troquei minhas frustrações pelo alivio de me descobrir humana.

Pirei algumas vezes, nesse processo. Até precisei escrever uma notinha de esclarecimento.
Escrevi e escrevo para mim mesma. Como sempre digo, é a forma que encontro para me organizar em pensamentos e sentimentos. E como funciona!

Eu acreditava que aprender pelo amor é uma bênção, e que pela dor seria uma punição. Hoje vejo que não importa a forma de aprender. Seja pelo amor ou pela dor. O que importa mesmo é aprender!

E me expus nesse processo todo. Uma exposição que só aconteceu até onde eu quis, até onde eu decidi e permiti. Nada, além disso!

Porque quando tive as confirmações, ao logo de minha vida, de que Nada é por acaso, só consegui ficar bem.

E só por hoje, continuo seguindo em frente.

Olhar para trás, só para conferir o que não quero fazer de novo, ou para resgatar lembranças boas.

Sim! Todo dia é um dia. Cada dia é um dia. Por isso, é sempre tudo novo de novo!

E é esse novo que me faz viver um dia de cada vez, com a paz e serenidade que só consigo com ajuda. Do grupo, do meu Poder superior e de minha própria vontade.

Só tenho a agradecer, por eu estar bem, tranquila e serena!
Pois nesse processo todo, sei que a caminhada só está começando...
Mas eu só preciso me preocupar com o dia de hoje. 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Recuperação e Recaída


Outro dia, participei de uma temática sobre esse tema que foi simplesmente maravilhosa.
Tive novas visões e conceitos de situações que não me eram claras.
Entendi que no NA, recuperação é diferente de ausência do uso ou absenteísmo.
Recuperação refere-se a um período relativo sem uso, em um caminho que inclui mudança de hábitos, comportamentos, crenças e conceitos
A recaída – refere-se a uma interrupção da recuperação.
Ausência de uso ou absenteísmo significa apenas um período sem uso, mas as mudanças não ocorreram. As crenças e comportamentos continuam os mesmos.

No Nar-anon é a mesma coisa.
Para um caminho de recuperação é necessário se concentrar na programação, participar das reuniões, compartilhar, ler, seguir e praticar os doze passos, os lemas, as tradições com disciplina.

Estar desligado fisicamente e não fazer o desligamento emocional – não é uma recuperação.
Fazer de conta que está desligado, e por dentro viver uma explosão de emoções e sentimentos negativos não é uma recuperação.

Tanto em um grupo, quanto em outro, a recuperação é uma longa caminhada com princípios de honestidade, principalmente consigo próprio.

·        É uma mudança de hábitos e comportamentos nos quais conseguimos incluir no nosso dia a dia e em cada momento de nossas vidas, os passos, os lemas e as tradições.
·        É ter consciência de nossa impotência e confiar em um Poder superior
·        É a condição e a possibilidade de conseguir se ver na transparência do que se é.
·        É a humildade de admitir os erros, senão em tempo real, mais tarde... após reflexões. E a partir disso, ter a humildade de repará-los.
·        É conseguir respeitar o espaço do outro, sem desrespeitar o seu próprio espaço.
·        É saber o momento de falar e de ouvir.
·        É aceitar o tempo de cada um e o nosso próprio tempo.
·        Perdoar outro e se perdoar.
·        Absorver a Oração da Serenidade em toda a sua essência.
Porque ter a serenidade de aceitar o que não posso modificar é um milagre.
Modificar aquilo que posso, é milagre e ação.
E diferenciar as duas coisas, é milagre, ação e discernimento.

Isso é recuperação!
Paz e serenidade!!

domingo, 14 de abril de 2013

Desligamento


Como distanciar-se e desligar-se daquele que se ama?

Essa é uma das maiores dificuldades de uma mãe/pai, marido/mulher, irmão/Irma – na relação com uma pessoa vítima da adicção.

Desapego requer prática. Precisa-se apenas continuar tentando. É tudo o que se pode fazer.
Eu sei, é muito mais fácil dizer do que fazer!
Manter a distância emocional e não esperar nada, na maioria das vezes é simplesmente muito difícil.

Não se pode simplesmente ligar e desligar o corpo. É necessário ajustar com o tempo e a experiência.

O desapego não pode ser falsificado.
Isso acontece lentamente, à medida que se aprende mais e mais sobre como ser impotente diante de qualquer pessoa ou situação externa a nós mesmos.
Acontece quando se obtém maior serenidade em nossas próprias vidas.
Quando se reconhece que não estamos ligados simbioticamente a ninguém e a nada.
Trata-se de reconhecer o direito do outro de tomar suas próprias decisões, quer gostemos ou não.
O desapego se faz quando se compreende plenamente que nossas obsessões estão nos prejudicando.

Não se trata de não se importar. Trata-se apenas de ter consciência que não se pode controlar o que os outros fazem.
Pois Tentar mudar alguém é um exercício extremamente frustrante e exaustivo.
Com o desligamento aprendemos a cuidar de nós mesmos em primeiro lugar, assim podemos ter uma visão melhor sobre o que podemos e o que não podemos fazer.
Não é que nós não podemos fazer nada, é que tentar empurrar as coisas, não funciona.

É irônico, mas amar qualquer pessoa envolve permitir que esta pessoa cometa seus próprios erros e assuma a responsabilidade por eles. 
Se o outro decide por destruir-se, não podemos deixar que isso nos destrua. E eu sei, é difícil de assistir.
Isso não significa que nós aprovamos, significa apenas que nós entendemos que o outro pode não saber como fazer algo diferente do que está fazendo.

Cada um tem de trilhar seu próprio caminho.
Pisar no caminho do outro, tentar pegá-lo ou levá-lo no colo, é inútil para ambos.
O outro precisa experimentar a dor dos seus atos - assim como nós.
A questão é que não podemos ajudar alguém que não está pronto para ajudar a si mesmo.
E manter em mente os 3 C's é fundamental nessa prática - Eu não Causei, não posso Controlar e não posso Curar.
Perceber-se impotente sem sentir-se desamparado.

O programa doze Passos é uma programação individual para cada um de nós, e não para o outro.
O passo dois fala sobre acreditar que um poder maior do que eu possa restaurar-me à sanidade. Não a do outro, mas a minha.
Por isso, devemos colocar-nos, nós mesmos e o outro, aos cuidados de algo maior que todos nós.
Esses três primeiros passos mantém nossa sanidade.
E assim, aprendemos a lidar com a dificuldade e a cuidar de nossa própria vida.
E aprendemos que o outro tem o direito de fazer suas próprias escolhas. Porque é a sua decisão, não a nossa.
.
E essas são apenas algumas idéias de como o desligamento acontece, em minha opinião.
E como diz nossa programação, pegue o que for importante, e deixe o resto.

terça-feira, 9 de abril de 2013

E por que não?


Por que continuar indo em um lugar onde aprendo e reaprendo a cuidar de mim mesma?
Onde reforço minha serenidade e aumento minha espiritualidade?

Sim. Inicialmente existe um motivo para se procurar um grupo de doze passos. E acreditava realmente que estava indo por esse motivo.
Mas ao longo da jornada, após algumas tantas horas de freqüência, de leitura, de compartilhamentos recíprocos, passei a perceber que o motivo que me levou ao grupo era só um detalhe, digamos, um fator desencadeante. Porque depois de vivenciar a programação, e perceber em mim mesma, mudanças positivas, um aumento de auto-percepção e uma relação direta com um poder superior que me tranquiliza  descobri que eu estava ali por mim, apenas por mim. Por isso, independente do motivo existir ou não, continuo frequentando, estudando e vivenciando a programação.

Na verdade, o que aprendi são coisas muito simples, que por alguma razão no percurso de minha vida, eu perdi ou despercebi.

São formas de viver a vida valorizando plenamente o momento presente de maneira simples.

Penso que a programação dos doze passos deveria fazer parte da grade curricular desde a primeira infância.
Que as famílias (pais e mães) pudessem ter acesso, independente de terem um motivo, pois só traria mais harmonia nos relacionamentos e paz de espírito individual para quem pratica, independente do que se acredita, pois a programação não é um programa religioso, mas espiritual.

Também poderia ser praticada em todas as esferas da vida, seja na vida pessoal, social, profissional.
·        Porque visa, simplesmente, orientar o individuo a cuidar de si mesmo e respeitar o outro como ele é.
·        Porque nos conscientiza da importância de “ouvir, pensar, analisar, avaliar, aprender e fazer escolhas de nossa responsabilidade.”
·        Ensina-nos a viver o dia de hoje libertando-nos do sofrimento do passado e da ansiedade do futuro.
·        “Sugere disciplina, ordem e organização no nosso dia a dia.”

Enfim... é infinita a lista dos motivos que tenho para continuar voltando. São coisas simples, que por alguma razão perdi ou não percebi ao longo de minha vida.

E continuar voltando é importante até o ponto em que continuar me fazendo bem!

E com a programação, Aprendi
·        que somente eu, posso saber o que me faz bem.
·        Que eu posso pedir orientação ao meu poder superior, quando me sentir perdida.
·        Que somente eu, tenho a responsabilidade de fazer as minhas escolhas e responder por elas.
E aqui, esta lista também é infinita.

Por isso, continuo voltando.
Porque escuto e aprendo.
Porque me oriento a manter minha mente aberta.
Porque me lembro de manter-me simples e que devo Pensar, sempre.
Porque vejo que primeiro, devo fazer as primeiras coisas.
E que qualquer coisa que eu queira, que comece por mim.
Que devo viver o dia de hoje plenamente.
Que devo ir com calma e viver um dia de cada vez.
Que devo viver a minha vida, e permitir que cada um do meu circulo possa viver a sua da maneira que escolheu.

Por isso continuo voltando. E por que não?


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Tudo novo, de novo!


Anteontem fez uma semana que me despedi do meu grupo, em razão de minha mudança de cidade...
Estava me sentindo órfã de grupo...
Foi semana passada e parece que já faz tanto tempo...

Frequentar às reuniões, tem para mim, significados muito especiais:

- Um deles, é que quase sempre parece que recebo “recados divinos”
- outro, é que tenho a sensação de recarregar minha bateria emocional, espiritual e psicológica.

Nesta ultima reunião, essa recarga foi intensa... acredito que era porque eu estava realmente precisando.

A primeira leitura sobre Impotência... me fez relembrar todo o meu aprendizado deste ultimo ano no grupo. E me fortaleceu no sentido de retomar a consciência de como eu estava, e de como estou hoje.

A segunda leitura, inusitada, foi feita a partir de um jornal cujo titulo era “Novas crenças... novas escolhas”. Um texto relativamente longo, mas que dizia sobre “o novo olhar”. E era justamente como eu estava me sentindo, assim que entrei na sala.
E dessa leitura, extrai que as coisas sempre estiveram ali como estão. O que muda, é o nosso olhar para aquilo.

Ir às reuniões naranon, de fato, nos faz mudar algumas crenças que, por sua vez, nos mostra direções diferentes.
A partir destas novas crenças, mudamos nossas escolhas pela mudança do nosso “olhar”.

Mudei de cidade ... e trouxe comigo a compreensão desse texto e desta última reunião: de que, qualquer coisa que está ali na minha frente, eu posso aceitar ou não. A decisão e a escolha é minha!

Esta semana, estou sem grupo e sem reunião, me organizando em minha nova vida (sinto-me melhor dizendo, em minha vida antiga).

Mas vou buscar um novo grupo! E será logo... pois, bateria descarregada, não vira...

Estou bem! Bateria ainda não descarregada.
Conseguindo seguir o lema “Primeiro, as primeiras coisas” – estou me acomodando na recuperação de minha vida e me adaptando nela. Preparei-me para isso dando um passo de cada vez.

Agora, darei o segundo passo... encontrarei um grupo que me fará tão bem quanto aquele que conheci, e frequentei no ultimo ano.

Hoje, eu consigo ter certeza disso! Assim como, consigo ter certeza de tantas outras coisas...
Porque junto com minha mudança, trouxe comigo minhas novas crenças, minhas novas escolhas e meu novo olhar!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Minha historia... um ano!


Está fazendo um ano que frequento o grupo de 12 passos, e até agora, nunca dividi com vocês que grupo é esse.
E em homenagem ao meu aniversario de freqüência, vou contar um pouco de minha historia.

Existem vários grupos de 12 passos.
NA (Narcóticos Anônimos) e  AA ( Alcoólicos Anônimos)
Nar-Anon e Al-Anon (o primeiro para familiares e amigos de adictos e, o segundo, para familiares e amigos de pessoas com problemas com álcool).
Narateen e Alateen (voltado para filhos de adictos e de pais com problemas com álcool), respectivamente.
E existem muitos outros grupos anônimos de 12 passos.

Um ano atrás, dia 21/11/2011 – eu estava muito angustiada. Sabe aqueles dias em que precisamos tomar uma decisão e não sabemos o que fazer? Pois é... eu estava assim.
Fui dormir e fiz algo que raramente faço...
Pedi a Deus que iluminasse meu caminho e me orientasse sobre a melhor decisão a ser tomada.
Eu estava naquele momento, sem saber, entregando minha vontade e minhas angustias à vontade de Deus. Eu não sabia, mas era uma espécie de “rendição”.

Eu vivenciava um conflito – Dar um basta em tudo! Ou aceitar o fato e lutar junto. Qualquer decisão que eu tomasse seria de uma dor sem fim...

No dia 22/11/2011 – não lembro como acordei... só sei que num dado momento me veio o nome allanon no pensamento.
Lembrei-me de uma época da faculdade, em que fui convidada por uma amiga para assistir uma palestra de uma psicóloga que tratava do tema co-dependencia. A palestra aconteceu num grupo Allanon.

Nesse momento, que pensei no allanon, me veio em mente que seria interessante visitar esse grupo.  E fui pesquisar na internet, os locais e endereços.

Encontrei um grupo, às 20hs e decidi ir.
Mais ou menos duas horas antes de sair, resolvi reler o que era o Allanon.
E vi que o foco do grupo era para familiares e amigos de pessoas com problemas com o álcool.
E então conclui que não seria o meu grupo.
Pesquisei novamente na internet, a partir do NA e encontrei o Naranon.
E achei nesse mesmo dia, uma reunião acontecendo em São Vicente, às 20hs.
Fui.

Cheguei lá confusa, com medo, sem saber o que estava buscando.
Fui recebida por uma companheira muito acolhedora. Contou-me sua historia, me explicou o que era o grupo, quais os objetivos e me convidou para voltar pelo menos mais seis vezes, para então decidir continuar indo ou não.

La, nessa primeira reunião, entregaram-me um folheto. Na verdade recebi vários, mas recebi um em especial que dizia: “Carta aberta à minha família”
Tratava-se de uma carta escrita por um dependente químico a alguém de sua família.
É um folheto comum no Naranon.
Mas aquela carta, eu li e reli diversas vezes. Parecia que tinha sido escrita para mim.
Não sei o que senti. Uma mistura de dor, desilusão, alivio e um pouco de consciência.
Hoje não a tenho, porque cedi para um companheiro recém chegado no grupo. Afinal, esse folheto teve um significado tão grande para mim, que me senti bem em pensar que estaria fazendo o mesmo por aquele recém chegado.

As partilhas desse primeiro dia pareciam que todas as pessoas ali presentes falavam e contavam um pouco de minha historia.
Foi uma experiência muito diferente, eu não tenho palavras hoje, para explicar.

O que tenho de especial desse dia... e que preciso muito partilhar aqui... foi justamente o fato de eu pensar, e ter ido nesse grupo.
Como eu disse, no dia anterior, angustiada pedi a Deus que me orientasse. E no dia seguinte, eu tive esse insight... de lembrar, procurar, encontrar e ir ao grupo.
Não tenho outra explicação.
Fui iluminada pelo meu poder superior. Que soprou em meus pensamentos e me fez procurar e, no mesmo dia, encontrar um grupo e chegar até ele.

Eu só sei que voltei. E continuei voltando...

Em 22/11, faço meu primeiro aniversário no Naranon.
E já tem alguns meses que não convivo mais com o motivo que me levou a esse grupo.
Até pensei, por algumas vezes, se deveria continuar indo... mas continuei...
E hoje sei que este grupo me orienta quanto ao meu crescimento espiritual, emocional, e pessoal.

Me faz bem.
O grupo, cada pessoa do grupo, as partilhas, a literatura – tudo isso faz parte desse meu momento.
E, independente de ter ou não, o motivo presente em minha vida, continuarei indo. Porque lá eu cresço, aprendo, descubro e compartilho.
Porque nesse um ano de grupo, eu fui apenas alfabetizada... ainda tenho muitos anos pela frente de aprendizado e de crescimento.
Não me tornarei uma PHD em 12 passos.
Penso que continuando minha freqüência, minha leitura, minhas partilhas... eu só posso conquistar um titulo:

_ Tornar-me uma pessoa cada vez melhor.

E é o que me basta, por hoje.
E só por hoje funciona, um dia de cada vez.

Agradeço a todos pelo carinho que tenho recebido, por email, Messenger, sms e telefone.
Muito importante saber que estou de alguma forma, colaborando com alguma coisa... e que não estou só.